22 dezembro 2011

Um gesto de desprendimento

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde moravam Lázaro, Marta e Maria. Uma ceia foi oferecida ao Mestre. Marta servia, e Maria, tomando um frasco de bálsamo de nardo puro – um caríssimo perfume – derramou-o todo sobre os pés de Jesus, e os enxugava com os seus cabelos. Que cena tremenda essa.

“Que desperdício!” disse Judas Iscariotes. “Por que não se vendeu esse perfume por 300 denários e não o deu aos pobres?” O apóstolo João explica essa indignação de Judas, e diz que este não estava preocupado com os pobres. Ele era o tesoureiro do grupo, e, ao ficar com a bolsa, tirava o que se lançava ali.

Entretanto o Senhor via o coração, as motivações interiores. Então Jesus lhes disse:
“Deixai-a! Ela praticou boa ação para comigo. Os pobres sempre os tereis convosco. À hora em que quiserdes podereis ajudá-los, mas a mim, nem sempre me tendes. E ela se antecipou, ungindo-me para a sepultura. Em verdade vos digo que onde for pregado esse evangelho será contado o que fez para memória sua.”

Foi tremendo o valor que Jesus deu àquele ato. Ele eternizou a cena e o nome de Maria. Hoje estamos falando a respeito dele. Aparentemente era um ato de desperdício. O perfume era caro e fora totalmente derramado.

Tudo o que fazemos de coração para o Senhor se torna eterno. Jesus é digno de todos os gestos de desprendimento do nosso coração, pois foi assim que ele agiu na cruz. Ele se deu por inteiro e quer receber o nosso coração por inteiro em seu altar.